quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Entrevista a Sandro, capitão do V. Setúbal


P: Alguém o influenciou a seguir a carreira de futebolista profissional?
R: Não, quando era miúdo gostava de jogar à bola com os meus amigos e foi assim que tudo começou.

P: Quais os maiores problemas com que se deparou ao longo da carreira?
R: Já passei por muitos. Desde as camadas jovens, quando não havia condições e não tinha dinheiro para os transportes, até à profissionalização, com salários em atraso, entre outros.

P: Qual foi o valor do seu primeiro contrato como profissional? Em que clube?
R: Assinei o meu primeiro contrato profissional quando subi de júnior a sénior no Vitória de Setúbal e era de cento e poucos contos.


P: Qual o treinador que mais o marcou?
R: Gostei muito de trabalhar com o Quinito, o meu primeiro treinador nos seniores, e com o José Couceiro.


P: Um momento inesquecível...
R: O meu primeiro jogo em Espanha, no Nou Camp, e a final da Taça de Portugal que o Vitória ganhou ao Benfica.


P: E outro para esquecer...
R: No Vitória de Setúbal, quando descemos de divisão


P: Teve ou tem algum ídolo?
R: Sempre gostei do Maradona e actualmente aprecio o Ronaldinho Gaúcho, o Cristiano Ronaldo e o Quaresma, entre outros.


P: A eleição de Michel Platini para presidente da UEFA é bom para os jogadores profissionais?
R: Pode ser ser bom já que como foi antigo jogador pode ser que puxe pelos interesses dos jogadores.


P: É a favor ou contra a existência de empresários?
R: Por razões pessoais sou contra a existência de empresários. Agora, depende do papel que desempenham. Há aqueles que conseguem arranjar clubes para jogadores quando estes precisam e há aqueles que se aproveitam dos atletas.


P: O fair-play é uma treta?
R: Mais ou menos. Depende da mentalidade dos jogadores e do campeonato em que se joga. Em Portugal é uma treta. Por exemplo, quando se atira a bola para fora para um jogador ser assistido, em vez de passarem a bola ao guarda-redes para este seguir a jogar, mandam a bola quase para a linha de fundo para fazerem logo pressão.

P: Como vê a intervenção do Sindicato dos Jogadores?
R: Tem vindo a melhorar ao longo dos anos. Sou sindicalizado desde que comecei a jogar e tenho verificado que, ano após ano, o SJPF tem vindo a ganhar força.


P: O que faria se mandasse no futebol?
R: Se calhar incentivava as pessoas a virem aos estádios. É frustrante jogar para tão poucos espectadores como acontece em alguns campos.

2 bolas para o mar:

Cristina disse...

Gosto muito do Sandro, apesar de ser adepta da União de Leiria. Boa entrevista... deu para conhecer melhor o capitão dos sadinos!

Cumprimentos

ESD disse...

Obrigada pela visita. O Sandro é um bom jogador, Nunca devia ter saido de Setúbal.
Cumprimentos